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VIDA

CORRIDA

Carros, Trens, Foguetes. As máquinas mesmo quando projetadas para serem velozes acabam se desgastando com o uso. Diferente delas, o corpo humano ganha força, resistência, condicionamento. Tudo isso se aprimora com a corrida. O processo pode não ser tão fácil no início. Primeiro há o confronto mental para colocar o tênis e ir para rua, depois a negociação interna para seguir por apenas mais um metro. E ainda tem os ajustes: o tênis correto, a roupa adequada, o dia que chove ou tá mais frio do que o desejado, o melhor horário, a hidratação, a playlist perfeita, o ritmo da respiração, e as dores. Algumas pessoas preferem apenas caminhar, e de passo em passo descobrem que seu corpo pode levar cada vez mais longe. Outras gostam da velocidade e se dedicam a melhorar o tempo, a distância, o rendimento. Márcia, Silvia, Fábio, Marcelo e Cristiane. Talvez o que todos tenham em comum é a paixão por processos e a certeza de que se foi difícil, doeu ou cansou, o sorriso vai ser ainda maior. Muito mais do que sobre o desejo de chegar, estas são histórias sobre viver intensamente cada corrida que se pode ter durante a vida. 

ATLETA QUE INSPIRA! O ESPORTE COMO SUPERAÇÃO  

Mãe, administradora, atleta e, além de tudo mulher. Conheça uma história de desafios e superação

Márcia Souza, 39 anos, estudante de Engenharia na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e corredora de rua, provou para todos, aos 30 anos de idade, que é possível dar a volta por cima. “Estou muito feliz hoje, orgulhosa de mim mesma e saber que sou capaz e chegar onde cheguei”.


Em 2010, ela recebeu um convite de sua amiga – que já era atleta – para substituí-la em uma prova de dez km em Curitiba, “no momento pensei, como irei realizar está prova sendo que eu nunca corri na minha vida, ai meu Deus será que irei conseguir?”.  Mas com o incentivo da amiga aceitou o convite, pois já possuía experiência na modalidade track, que consiste em caminhadas nas montanhas.


“Conclui a prova em tempo perfeito, 1h10m. Foi muito gratificante e emocionante, não tinha palavras para descrever o sentimento”. 


Logo surgiu o interesse. Márcia percebeu que com o esporte poderia ter uma vida, corpo, mente e alma saudáveis. Além de conhecer novas pessoas, a corrida a ajudou a superar alguns problemas. A atleta optou, no entanto, por corrida de terra e caminhada pelas montanhas, não faz corridas de asfalto e, a cada prova, os km foram aumentando, 21 km, 42 km, 50 km, 65 km e assim por diante. 


Há quatro anos, possui acompanhamento profissional, onde recebe uma planilha com sua rotina de treinos diários. São quatro dias por semana de corrida e duas vezes por semana de treino funcional para o fortalecimento, além de recebe acompanhamento nutricional. 
Segundo Márcia, a corrida que marcou o inicio da sua carreira, foi uma prova de 30 km na região de Tijucas do Sul. Quando alcançava o 18 Km da prova, passou por uma experiência incrível. “Eu avistei uma pessoa mais de idade, também participante, percebi que ele estava passando mal comecei a chamá-lo e ele não atendia, quando eu toquei nele ele caiu ao chão”. A atleta, mesmo sem ter conhecimento de primeiros socorros, procurou ajudar o corredor com água e alimentos salgados. Então, com a ajuda de outro participante, acionou a equipe de apoio médico do evento.


Mesmo com toda a dificuldade encontrada pelo caminho conseguiu finalizar a prova chegando em 2º lugar. “Para a minha surpresa encontrei o senhor que veio me parabenizar pela minha atitude e não olhar pelo lado da competição e socorrer ele. Sempre digo: prova para mim não é competição e sim um desafio para o meu bem-estar”. Isso a incentivou para fazer um curso sobre primeiros socorros.


Outra grande prova que ficou marcada em sua memória foi em Minas gerais, na Cidade de Passo Quatro, montanha da Mantiqueira, de 50 km, onde levou cerca de dez horas para concluir a prova, um acumulado de altimetria de quase quatro mil metros, com várias dificuldades pelo percurso, “a sensação de chegar até o destino não tem explicação, são vários sentimentos que se misturam e faltam palavras para descrever, olhei ao meu lado vi um fotógrafo sentei ao lado dele e comecei a chorar e agradecer a Deus por estar ali, por chegar até aquele destino, muitos atletas não conseguem concluir a prova, devido ao tempo de corte e eu consegui chegar ao pico antes do corte, e perceber que a natureza é mágica e Deus é perfeito”,  é uma prova que quer voltar a fazer novamente e tentar chegar aos 80 km onde tem um acumulado de quase seis mil metros. Conta a atleta.


São diversas as provas que compõem a lista de desafios já vencidos por Márcia. Foram quilômetros de histórias e de superação, um caminho que ela decidiu seguir rumo a mudança de vida.
 

Por Lucimara Valério


 Rock e Corrida:
Quando as paixões se cruzam

 



Era para ser apenas mais uma caminhada no parque Barigui.  Caminhadas de 15 km já faziam parte da rotina de Silvia. “Caminhando eu vou até o fim do mundo”, era o que dizia. Mas neste dia, resolveu escutar o incentivo de um de seus professores da academia e se desafiou a correr. “Eu sempre respondia [ao professor] que correr é horrível, balança tudo, cansa demais. Mas um dia eu tava no parque Barigui e pensei: Quer saber? Eu vou experimentar este negócio de correr. Vamos ver como é. Ele não está olhando mesmo. E sabe que eu acabei gostando?” Hoje, nove anos depois, a corrida não só continua a fazer parte da vida de Silvia Sprenger, como também foi um propulsor para que a publicitária resgatasse um sonho antigo e se tornasse radialista.

Depois de perceber que correr não era tão ruim quanto parecia, Silvia resolveu mais uma vez escutar o incentivo de seu professor e se inscreveu em sua primeira competição. “Eu nem sabia que existia as provas de corrida e meu professor me convidou para participar de uma. Era um circuito das estações da Adidas, uma prova que era bem tradicional. Foi em abril de 2010 e depois que eu participei da prova eu fiquei louca pela corrida porque a atmosfera era muito legal. As pessoas que  corriam eram legais. Todo mundo acordando cedo, feliz e sorridente. Ainda tinha a atmosfera da prova com locutor animado. E no final você ainda ganha uma medalha. Eu achei demais." Depois da primeira prova a corrida passou a fazer parte da vida de Silvia e as competições também: “Eu virei uma viciada e queria correr todo final de semana. Gastei um dinheirão com inscrição. Já participei de tantas corridas que não sei dizer quantas foram.” Depois de dois anos nesse ritmo, Silvia percebeu que algumas competições eram mais interessantes que outras e passou a selecionar de quais participaria. A corredora destaca que a maior competição que participou até hoje foi a Maratona de Curitiba. “Foi uma prova bem emocionante porque 42 km não é fácil correr. Mas tem muita torcida ao longo do caminho e fazer essa prova na minha cidade, aqui em Curitiba, com as pessoas que eu conheço lá me incentivando, foi demais. Foi uma prova inesquecível”, relata.  As provas menores, de meia maratona, também foram marcantes para Silvia por representarem marcos do crescimento de seu rendimento, mas ela busca desafios cada vez maiores, e a corrida de montanha é a sua nova paixão. As competições que ela tem participado são todas nessa modalidade: Araçatuba, Half Marathon e Maratona dos perdidos são competições que Silvia destaca com orgulho. “São provas muito marcantes para mim. Além de serem muito difíceis você tem que subir o morro, correr por trilha que tem raiz, tem pedra, tem rio para atravessar. Elas são mais desafiadoras e isso faz com que elas sejam bem inesquecíveis. E também o contato com a natureza, a vista maravilhosa que você tem quando chega no cume.”
 

O envolvimento de Silvia com a corrida foi tão grande que  acabou se tornando o assunto de seu trabalho. Depois de começar a colher os benefícios das doses de endorfina liberadas em seu organismo durante a corrida, a empolgação era tamanha que ela queria falar com todos a sua volta o quanto correr era legal. “Você fica mais alegre, mais animado, tem mais saúde”- argumentava. Somado a isso, apesar de ter uma carreira sólida na área de Marketing, Silvia sentia a necessidade de fazer coisas novas. Quando a empolgação para falar de corrida começou a irritar as pessoas mais próximas, Silvia decidiu que era hora de aumentar o alcance de seu discurso. “Eu trabalhava na área de Marketing, no mercado corporativo. E eu estava em um momento em que eu queria virar. Eu queria fazer outra coisa da minha vida. E aí veio meio junto uma ideia que que me fez pensar que eu deveria resgatar uma coisa antiga da adolescência que era a ideia de um programa de rádio.”  

Silvia fez cursos de locução para se capacitar e relembrar o que há muito já havia aprendido na disciplina de rádio que havia cursado na faculdade de publicidade. E foi no trabalho de conclusão deste curso que nasceu o Rock Run. “Eu escrevi o projeto de um programa que trazia dicas de corrida,  entrevistas com pessoas que praticam atividade física em geral, mas com o foco principal na corrida, e tocava músicas legais para se fazer no treino.” Hoje, o Rock Run está em sua segunda rádio, onde Silvia também atua como locutora em um horário fixo. “Eu entrei no rádio por causa do programa. Foi ele que me abriu a primeira porta como locutora.”

E foi por causa do Rock Run que Silvia não só correu, mas também ajudou a organizar a competição que mais lhe faz brilhar os olhos enquanto fala, a The Runder, uma corrida beneficente em prol da construção do hospital pediátrico do Paraná, o Erastinho. “Foi muito legal porque me envolvi demais por causa do Rock Run em que nós fizemos vários programas especiais para incentivar as pessoas a correr com a gente. E um mês antes, no 1° de abril, a gente conseguiu atingir a meta de dez mil corredores. E eu acabei engajando o pessoal da TV também e conseguimos mobilizar muita gente. Até meu colega, Daniel Sivic, que é super sedentário acabou participando da prova também.”

A paixão de Silvia pela corrida é mesmo contagiante. E ela deixa claro que a sua maior motivação é a busca por qualidade de vida e saúde, afinal para ela a corrida é uma espécie de vacina. “É impressionante como depois que você pratica uma atividade física um pouco mais forte, como é o caso da corrida, com regularidade você nunca mais fica doente. Eu penso muito a longo prazo porque eu quero ser uma velhinha saudável e que vai continuar correndo e fazendo atividade física. Então eu treino não é para ser a melhor, ganhar um troféu ou  ser a mais rápida. Eu estou fazendo uma poupança e tô colhendo os frutos já. Os meus rendimentos vem todos os meses. Todos os dias, me sentindo bem. E quero que continue assim."

Por Mayra Rocha

ESPORTE E DISCIPLINA

Os benefícios do esporte que estão além da forma física

Vinte anos de esporte. Entre a natação, ciclismo e corridas, são diversas provas já concluídas e milhares de quilômetros já percorridos. Mas a paixão pela atividade física vem desde cedo.

Aos 23 anos Fábio Muniz tomava a iniciativa de praticar corrida. A modalidade, no entanto, foi apenas uma porta que o levou ao triathlon - competição que combina três modalidades esportivas, a corrida, a natação e o ciclismo. As provas de longa distância se tornaram o foco do atleta que hoje, aos 42 anos, possui uma rotina de treinos intensa, na qual pratica duas modalidades entre segunda e sexta-feira em um horário mais reduzido e, aos sábados e domingos, prática as três modalidades em períodos mais longos.

 

“Adaptação é difícil, mas sempre digo que o esporte organiza meu tempo e minha vida.”

- Fábio Muniz 

 

Fábio explica que há quatro anos precisou passar por uma cirurgia bariátrica e que o esporte o ajudou a alcançar a perda de aproximadamente 50 Kg. “O esporte me ajuda a focar na disciplina do trabalho, também me ajuda a pensar e resolver problemas”.

 

Ele conta que a corrida mais marcante foi seu primeiro Ironman, que ocorreu em 2018. E que está participando de sua segunda edição da prova neste ano (2019).  Esta edição da prova conta com aproximadamente 3,8 km de natação, 180,2 km de ciclismo e 42,2 km de corrida.

 

“Não tenho noção de distância, mas entre natação, ciclismo e corridas foram alguns milhares de km, não tenho ideia de quantas corridas já participei. Meu principal objetivo um dia me classificar para o mundial de Ironman no Hawai.” Segundo Muniz, sua família é, hoje, o principal suporte emocional para a prática esportiva e sua rotina intensa de treinos que varia entre uma a oito horas por dia.

Por Sarah Lima

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UM PEREGRINO APAIXONADO: A ARTE DE REZAR COM OS PÉS


Marcelo Aloisio já soma 660 km dedicados à fé e ao amor pela natureza

Que não se tenha pressa, mas que não se perca tempo. É a frase do escritor José Saramago e lema de Marcelo Calazans Aloisio, 35 anos, peregrino da cidade de Fazenda Rio Grande, onde fica localizada à Paróquia São Gabriel da Virgem Dolorosa. O Caminho da fé e o peregrino ficam unidos até o fim da sua missão aqui na terra.

 

O Caminho da Fé, criado em fevereiro de 2003, e oficializado em 2005. É um trajeto de Peregrinação Brasileiro inspirado no Caminho de Santiago de Compostela (Espanha), podendo ser percorrido a pé ou de bicicleta, em grupo ou sozinho. Marcelo escolheu realizar a peregrinação a pé. Sua jornada aconteceu em 2016/2017 e 2017/2018, cada caminho com 330km, por isso, hoje ele soma 660km, 22 dias de caminhada, 11 dias cada ano.

Ambos com saída da cidade de Águas da Prata (SP) e chegada à Aparecida do Norte (SP), o Caminho da Fé passa por dois estados, Minas Gerais e São Paulo, ao todo são 16 municípios. São cidades com belas capelas, beleza natural e pessoas da melhor qualidade. O Caminho influencia no comércio, economia e turismo local. Além disso, é um ponto de encontro de pessoas de fé.

“Eu sempre gostei de caminhar, promovo eventos de caminhadas na minha cidade, e senti o chamado para o Caminho da Fé, quando eu li uma reportagem na revista de Aparecida. Eu disse ao meu pai na hora, eu vou fazer essa peregrinação a pé, ele duvidou (risos)”, lembra Marcelo. Desde então, o peregrino se organizou. “Eu comecei a planejar a ida ao Caminho, vendo dias para a viagem, treinando, guardando dinheiro, pois não é somente ir ao caminho, tem que haver um planejamento, é um propósito”, explica Marcelo.

IMERSÃO NO CAMINHO​

No início do trajeto, o peregrino compra uma credencial por um valor de R$10,00, que é uma contribuição para a Associação do Caminho da Fé. A mesma é carimbada nas pousadas, lanchonetes e pontos de apoio existentes ao longo do percurso. Ao chegar ao Santuário Nacional de Aparecida apresenta a credencial com os carimbos, o que é  conferido e o peregrino recebe o certificado de conclusão do Caminho da Fé, já são mais de 35 mil certificados emitidos aos que concluíram o trajeto pela Secretaria do Santuário, alguns que fizeram mais de uma vez o caminho recebem novo certificado. “Eu tenho dois certificados, pois concluí duas vezes o trajeto. Para mim é uma alegria, recebi muitas graças”, detalha o peregrino.

HISTÓRIAS

Com uma mistura de sentimento, Marcelo Aloisio relata algumas histórias da viagem. A decisão de ir para o caminho não é fácil, envolve muitos detalhes e preparação. “O peregrino não só caminha mas vive intensamente cada passo, cada momento, nós rezamos com os pés. Leva na mochila somente o necessário para a travessia, poucas roupas, um par de calçado, os nomes daqueles que o pediram oração, muita fé e  vontade de vencer cada dia, com foco na chegada da Casa da Mãe Aparecida”, relata.

Marcelo lembra com carinho uma passagem especial pela cidade de Estiva em Minas Gerais. “Participei do terço na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em frente a pousada que hospeda os peregrinos, após o momento de oração fomos convidados a nos apresentar, sendo peregrino da Paróquia  São Gabriel da Virgem Dolorosa – Fazenda Rio Grande - Paraná, vi nos olhos daquele povo de Minas Gerais dos que ouviram as palavras saírem gotas de emoção e alegria, não conheciam nosso município, mas conheciam e são muito devotos do querido São Gabriel da Virgem Dolorosa, e nos disseram: - Peregrinos, a passagem e estadia de vocês em nosso município nos traz uma felicidade há tempo esperada, pois fizemos a novena em louvor a São Gabriel e hoje vocês vem como sinal que nossas preces foram ouvidas’’. Para Marcelo foi um momento emocionante, pois ele é devoto de São Gabriel da Virgem Dolorosa e carregava em sua mochila pequenas imagens do Santo que ele foi espalhando pelas cidades.

Em Aparecida, chega-se ao fim do Caminho da Fé, na casa de Nossa Senhora Aparecida. “A chegada ao Santuário de Aparecida sempre nos traz muita emoção, uma mistura de saudade pelo trecho da viagem percorrido e a graça de completar o percurso e de apresentar as preces, fadigas e agradecimento a Mãe de Deus e nossa”, diz o peregrino, que finaliza, “saímos do caminho, mas o caminho não sai de nós, pois trazemos para o cotidiano todo aprendizado desta travessia, na melhor forma de viver, olhar o mundo com simplicidade, compreender o tempo de Deus, e cada passo que é necessário para que conquistemos o que almejamos”.

Por Jaqueline Dubas

Por Jaqueline Dubas

DO SEDENTARISMO AO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA: A VIDA CORRIDA DE UMA MÃE


Mulher, mãe, esposa, esportista, professora e aluna, conheça o antes e o depois de descobrir a paixão pelo esporte

Vida corrida. Essa frase tem todo sentido na vida de Cristiane de Fátima Dubas, 44 anos, casada e quatro filhos, o caçula, se chama Thor e tem quatro patas, precisa de tempo integral da sua mãe. Cristiane iniciou a caminhada no estilo de vida de prática de lazer e esporte em 2009, após ser mãe pela terceira vez e realizar laqueadura, decidiu voltar a cuidar do corpo.

Iniciou academia, logo começou a despertar uma paixão, Educação Física. Em 2012, devido seu ótimo desempenho foi chamada para ser auxiliar do professor de Jump, na academia em que frequentava. “Eu decidi começar a fazer exercícios físicos, pois seria bom também para o psicológico, além de pode voltar a ficar em forma após três gestações. Recebi o convite para ser auxiliar com muita felicidade, sempre fui dedicada”, ressalta. A partir desse dia, Cristiane colocou como meta de se tornar Professora de Educação Física. Ao conhecer novas pessoas na academia, formou grupos de mulheres que treinavam jump, muay-thai  e musculação, novos círculos de amizade começaram a surgir foi aí que uma nova paixão chamada caminhada entrou em sua vida.

“Sempre tive vontade de participar de caminhadas, porém eu era sedentária. Logo seria sacrificante para eu caminhar 5km ou 10km como são esses eventos, mas tive o incentivo dos amigos da academia e formamos um grupinho de caminhada”, explica Cristiane.

Sua vida mudou a partir do momento que decidiu cuidar da saúde, praticar esporte e voltar a estudar. “A caminhada me ajudou muito a ter um norte na minha vida, pois eu já estava ficando doente, eu tinha uma respiração muito ruim. Além de fazer bem a saúde, a caminhada ajuda o psicológico”, revela Cristiane.

A Cris pesava 85 kg, tinha problemas respiratórios e era desanimada. “Desde então perdi 20 kg, estou no meu peso ideal, gosto muito do meu corpo”.  Sua primeira caminhada foi em 2015, no Morro do Itupava, bem conhecido na região, é uma trilha histórica aberta para ligar Curitiba a Morretes, no estado do Paraná. “Eu fui  na Trilha do Itupava, eu quase morri (risos), sério, não sei como estou viva, eu fui sem preparo, só com uma garrafinha de água, na metade do caminho eu estava com fome, pressão foi lá embaixo, virei o pé, um desastre. Era para eu ter pego trauma”, conta a caminhante. Porém, a partir dessa caminhada, hoje ela soma 21 caminhadas por sua cidade Fazenda Rio Grande e região.

Em 2018, Cristiane decidiu formar um grupo de caminhada que se chama “Caminhada Entre Amigos”, rindo ela conta que tinha somente três integrantes. “As pessoas têm medo quando falamos em caminhadas da natureza, eventos de caminhadas, pois se rotulam sedentárias, mas a caminhada é justamente para ajudar. O grupo só tinha eu e mais duas (risos), daí eu comecei a postar nas redes sociais as fotos, também de lugares por onde passamos, que são muito bonitos, hoje, somos em 26 integrantes entre homens e mulheres”, diz a esportista.

Hoje, Cristiane é professora de Jump e está no primeiro semestre do tão sonhado curso de Educação Física. “Quero levar a prática de exercícios e caminhada para outras pessoas”, diz feliz a esportista.

FICHA TÉCNICA

 

 Este site foi elaborado como trabalho final do módulo de Conteúdo Gráfico da Pós-Graduação em Jornalismo 4.0: Inovações e Tendências da PUC-PR. Participaram deste trabalho:

Editorial de Abertura: Mayra Rocha

Tratamento de imagens e Layout do site: Sarah Lima

Elaboração das matérias: Jaqueline Dubas, Lucimara Valério, Mayra Rocha, Sarah Lima

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